quarta-feira, 9 de março de 2011

Mais um crescente!

Mais uma imagem recente do nosso satélite, que, no seu percurso ao longo do hemisfério celeste, na fase crescente, permite captar momentos excepcionais e deslumbrantes, quer das suas crateras mais conhecidas, os célebres "mares" identificados por Galileu, os montes e vales tão bem evidenciados pelo encontro da luz com as sombras ali desenhadas na superfície.
A barca, agora mais iluminada, continua a navegar pelos céus.
Imagem:Fernando Góis (08/03/2011 - 19h48)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Crescentes em contraste!

Derivado da paixão pelos finos crescentes da Lua, oferecemos uma entre dezenas de imagens realizadas na tarde do dia 06/03/2011, Caniço/Madeira, após algumas intensas chuvas, sorrindo-nos aquela entre um imenso mar de núvens e permitindo-nos captar uma linda barca no oeste do céu!
Autor da imagem: Fernando Góis - 06/03/2011 (19h19)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Lançamentos orbitais e o lixo espacial

Em Novembro de 2008, os astronautas do Endeavour constataram que no pára-brisas deste veículo espacial existia a marca de um impacto por um micrometeorito. A pequena cratera daí resultante media cerca de 5mm sem ter havido perfuração.
A EEI (Estação Espacial Internacional) não escapa ao perigo dos “lixos” existentes no espaço que diáriamente é obrigada a percorrer. A sua blindagem consegue reter os mais pequenos, inferiores a 1,5cm, mas quanto aos maiores, de mais de 10cm, são seguidos pelos radares dos telescópios pelo que a estação pode efectuar movimentos de afastamento e esquivar-se dos mesmos.
Ela realiza manobras desse género, uma ou duas vezes por ano, sempre que objectos intermédios cruzem a sua órbita, evitando colisões e perfurações no seu equipamento. A probabilidade é baixa, mas se isso ocorrer as consequências serão dramáticas, pois as estatísticas revelam a probabilidade da perda da equipa e do veículo uma vez em cada 279 voos.
Imagem: Crédito NASA

Cometas – testemunhas da origem do sistema solar!

Um pouco antes da madrugada ou pouco após o crepúsculo, na Primavera e no Outuno, a luz zodiacal manifesta-se através do reflexo do Sol sobre uma núvem de poeiras interplanetárias, graças a uma simulação numérica que permitiu a uma equipa de investigadores identificar a origem dessas partículas.
É aos cometas que devemos essa “falsa aurora” ou luz zodiacal. Este nome deriva do facto dessa luz aparecer sempre numa constelação do Zodíaco e não é mais do que a luz da nossa estrela reflectida nas partículas muito finas que formam uma núvem difusa centrada sobre a eclíptica.
Mas qual a sua origem? A partir dos micrometeoritos, pelo que tem uma origem cometária, uma vez que os investigadores tomaram em conta todas as poeiras possíveis e conhecidas, como as dos asteróides, cometas de curto período, intermédio e de longos períodos. Conclusão: são cerca de 5% de restos de asteróides, 10% de pequenos fragmentos de cometas de período longo provenientes da núvem de Oort e 85% de cometas da família de Júpiter e da sua barreira.
A luz zodiacal manifesta-se actualmente discreta, já que após o bombardeamento do interior do sistema solar, há cerca de 3,8 mil milhões de anos, deveria de certeza ser 10.000 vezes mais brilhante que nos dias de hoje.
Crédito: imagem NASA

As estrelas nascem numa teia de aranha!

Surpresa? Os satélites Planck e Herschel, lançados conjuntamente, em 2009, acabam de descobrir as poeiras mais finas da Via Láctea. Eles observam-nas estruturadas em filamentos interligados, no seio dos quais de enrolam em inúmeros casulos de estrelas.
Isso assegura que estas nuvens de gás e poeiras serão objectos muito frios, de apenas algumas dezenas de graus acima do zero absoluto ou seja um pouco abaixo de -273º C.
Na cartografia celeste do Universo e da nossa galáxia, aqueles satélites colocaram em evidência os espantosos filamentos de gás, muito finos de um lado e outro do plano equatorial da Via Láctea, num cenário fantástico e inédito, tal e qual como teias construídas por aranhas.
Crédito: imagem NASA

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Encontrada a estrela de Belém?

Centenas de historiadores, investigadores, biblicistas, astrónomos e demais interessados por este grandioso e enigmático tema, procuram, com ânsia e paixão, há dois milénios, a estrela de Belém. Encontrada esta, ficamos muito próximos da data do nascimento de Cristo. Alguns astrónomos lançaram-se a essa tarefa, fizeram a busca e encontraram-na. Ela transmitiu o primeiro sinal em Setembro de 0003 a.C. (data da anunciação a Maria), surgiu depois por uma segunda vez em Março de 0002 a.C. (sinal da preparação para a viagem dos magos a Belém), e finalmente transformou-se, com o seu máximo esplendor, na estrela maravilhosa em 0002 a.C. (data provável do nascimento de Cristo)....!
A astronomia investigou fenómenos e movimentos celestes, manuseou e conciliou datas com os textos bíblicos, procurou pontos de convergência com a cronologia histórica, desvendou algumas palavras enigmáticas da tradução hebraica e do grego...Enfim, um trabalho de três anos de pesquisa sobre a Bíblia, Imperadores Augusto e Tibério, a História dos Hebreus, de Josefo, permitiram concluir ao autor que existe uma data para celebrar o nascimento de Cristo...!
Foi de facto encontrada a estrela de Belém!
Fernando Góis

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Como comunicar com os ET's?(II)

A convicção da existência de vida noutros sistemas solares, obriga-nos a desenhar algumas conjecturas em eventuais contactos. Precisamos é de um caso prático que nos coloque perante a realidade e para isso aguardamos pelos tão ansiados sinais. Stephen Hawking foi muito prudente. Alertou que deveríamos ser cautelosos na emissão de mensagens para o exterior e que devemos estar psicologicamente bem preparados para esses possíveis contactos. As razões desenvolvidas implicam outras questões que podem ter reflexos à escala planetária e não apenas de um povo. Vejamos. Haverá mesmo necessidade de nos manifestarmos já emitindo mensagens para o espaço, correndo o risco de revelar a nossa posição na galáxia? E se elas caírem em más mãos? Já imaginámos se alguns estão na fase de uma grande pressão pela busca de recursos que os levem a uma visita agressiva e conflituosa? Como reagiremos?.
Todas estas questões vão sendo estudadas por equipas multidisciplinares e especialistas do grupo SETI, caso de David Brin e Douglas Vakoch. O primeiro é partidário de iniciativas de contacto mais intensas, pois até aqui não radiografámos mais do que uma minúscula porção da galáxia, enquanto Vakoch é adepto da prudência, defendendo que devemos primeiro aprender a escutar e perscrutar o espaço, antes de grandes iniciativas no sentido de dar a conhecer a nossa posição, colocando-nos em riscos imprevisíveis.
Mas há optimistas que comungam de outro modelo diferente. Jill Tarter, uma cientista americana, figura de proa nestas investigações, afirma, com convicção, que o contacto com uma civilização extraterrestre avançada será benéfica para a humanidade. Mais do que a sua tecnologia e respectiva longevidade é a sua inteligência com que nós teremos muito a aprender. Suportam esse optimismo nas palavras de Albert Harrison, psicólogo especialista na área, quando refere que “as sondagens até hoje realizadas mostram que a maior parte das pessoas vêem os extraterrestres como seres pacíficos e amistosos”. Outras opiniões divergem e afirmam, com toda a convicção, que “uma civilização mais avançada que a nossa terá todas as chances de ser um superpredador, pelo que em nome do princípio da precaução cessem de enviar mensagens para o espaço” (Fonte: Ciel et Espace, Julho 2010).
Para reforçar essa tese, Jill Tarter e Ivan Almar, outro cientista, em 2000 conceberam um instrumento designado por “Escala de Rio”, destinado a quantificar a importância de um contacto extraterrestre. A detecção de um frágil sinal emitido a partir de outra galáxia não terá o mesmo impacto nas nossas sociedades quanto uma mensagem especificamente dirigida à Terra a partir de uma estrela próxima de nós. Criaram, assim, essa escala universal que utiliza três variáveis: tipo de contacto, método da descoberta e distância donde partiu a comunicação. Graduada em dez unidades, inicia-se pelo valor 3, o mais baixo, e finaliza com 13, o máximo da escala, medindo as consequências para nós de uma tal descoberta, sendo assim ponderada para sua credibilidade.
Conforme ideia da maior parte do grupo de investigadores do SETI, deveria definir-se um protocolo de consenso geral perante a recepção de comunicações do espaço. Este órgão definiu que, perante casos desses, seja estipulado que toda a resposta a emitir pressupõe sempre uma consulta a nível mundial. David Brin vai mais longe. Propõe não só uma moratória imediata de envio de mensagens para o espaço, como o controlo publico das mesmas para evitar riscos irreparáveis para as populações terrestres. A recusa desse cumprimento implica a demissão das funções para o grupo, dado o grau de importância planetária e civilizacional em causa. Trabalhar em sintonia com organismos internacionais, é um elemento chave para o futuro do planeta, tais como a UAI (União Astronómica Internacional), a AIA (Academia Internacional de Astronáutica) e as Nações Unidas.
Aliás, estas regras, muito rígidas, já estão previstas desde 1989 numa Declaração de princípios relativos às actividades subsequentes à detecção de mensagens de inteligências extraterrestres.
Imagem: crédito NASA.