quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Encontrada a estrela de Belém?

Centenas de historiadores, investigadores, biblicistas, astrónomos e demais interessados por este grandioso e enigmático tema, procuram, com ânsia e paixão, há dois milénios, a estrela de Belém. Encontrada esta, ficamos muito próximos da data do nascimento de Cristo. Alguns astrónomos lançaram-se a essa tarefa, fizeram a busca e encontraram-na. Ela transmitiu o primeiro sinal em Setembro de 0003 a.C. (data da anunciação a Maria), surgiu depois por uma segunda vez em Março de 0002 a.C. (sinal da preparação para a viagem dos magos a Belém), e finalmente transformou-se, com o seu máximo esplendor, na estrela maravilhosa em 0002 a.C. (data provável do nascimento de Cristo)....!
A astronomia investigou fenómenos e movimentos celestes, manuseou e conciliou datas com os textos bíblicos, procurou pontos de convergência com a cronologia histórica, desvendou algumas palavras enigmáticas da tradução hebraica e do grego...Enfim, um trabalho de três anos de pesquisa sobre a Bíblia, Imperadores Augusto e Tibério, a História dos Hebreus, de Josefo, permitiram concluir ao autor que existe uma data para celebrar o nascimento de Cristo...!
Foi de facto encontrada a estrela de Belém!
Fernando Góis

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Como comunicar com os ET's?(II)

A convicção da existência de vida noutros sistemas solares, obriga-nos a desenhar algumas conjecturas em eventuais contactos. Precisamos é de um caso prático que nos coloque perante a realidade e para isso aguardamos pelos tão ansiados sinais. Stephen Hawking foi muito prudente. Alertou que deveríamos ser cautelosos na emissão de mensagens para o exterior e que devemos estar psicologicamente bem preparados para esses possíveis contactos. As razões desenvolvidas implicam outras questões que podem ter reflexos à escala planetária e não apenas de um povo. Vejamos. Haverá mesmo necessidade de nos manifestarmos já emitindo mensagens para o espaço, correndo o risco de revelar a nossa posição na galáxia? E se elas caírem em más mãos? Já imaginámos se alguns estão na fase de uma grande pressão pela busca de recursos que os levem a uma visita agressiva e conflituosa? Como reagiremos?.
Todas estas questões vão sendo estudadas por equipas multidisciplinares e especialistas do grupo SETI, caso de David Brin e Douglas Vakoch. O primeiro é partidário de iniciativas de contacto mais intensas, pois até aqui não radiografámos mais do que uma minúscula porção da galáxia, enquanto Vakoch é adepto da prudência, defendendo que devemos primeiro aprender a escutar e perscrutar o espaço, antes de grandes iniciativas no sentido de dar a conhecer a nossa posição, colocando-nos em riscos imprevisíveis.
Mas há optimistas que comungam de outro modelo diferente. Jill Tarter, uma cientista americana, figura de proa nestas investigações, afirma, com convicção, que o contacto com uma civilização extraterrestre avançada será benéfica para a humanidade. Mais do que a sua tecnologia e respectiva longevidade é a sua inteligência com que nós teremos muito a aprender. Suportam esse optimismo nas palavras de Albert Harrison, psicólogo especialista na área, quando refere que “as sondagens até hoje realizadas mostram que a maior parte das pessoas vêem os extraterrestres como seres pacíficos e amistosos”. Outras opiniões divergem e afirmam, com toda a convicção, que “uma civilização mais avançada que a nossa terá todas as chances de ser um superpredador, pelo que em nome do princípio da precaução cessem de enviar mensagens para o espaço” (Fonte: Ciel et Espace, Julho 2010).
Para reforçar essa tese, Jill Tarter e Ivan Almar, outro cientista, em 2000 conceberam um instrumento designado por “Escala de Rio”, destinado a quantificar a importância de um contacto extraterrestre. A detecção de um frágil sinal emitido a partir de outra galáxia não terá o mesmo impacto nas nossas sociedades quanto uma mensagem especificamente dirigida à Terra a partir de uma estrela próxima de nós. Criaram, assim, essa escala universal que utiliza três variáveis: tipo de contacto, método da descoberta e distância donde partiu a comunicação. Graduada em dez unidades, inicia-se pelo valor 3, o mais baixo, e finaliza com 13, o máximo da escala, medindo as consequências para nós de uma tal descoberta, sendo assim ponderada para sua credibilidade.
Conforme ideia da maior parte do grupo de investigadores do SETI, deveria definir-se um protocolo de consenso geral perante a recepção de comunicações do espaço. Este órgão definiu que, perante casos desses, seja estipulado que toda a resposta a emitir pressupõe sempre uma consulta a nível mundial. David Brin vai mais longe. Propõe não só uma moratória imediata de envio de mensagens para o espaço, como o controlo publico das mesmas para evitar riscos irreparáveis para as populações terrestres. A recusa desse cumprimento implica a demissão das funções para o grupo, dado o grau de importância planetária e civilizacional em causa. Trabalhar em sintonia com organismos internacionais, é um elemento chave para o futuro do planeta, tais como a UAI (União Astronómica Internacional), a AIA (Academia Internacional de Astronáutica) e as Nações Unidas.
Aliás, estas regras, muito rígidas, já estão previstas desde 1989 numa Declaração de princípios relativos às actividades subsequentes à detecção de mensagens de inteligências extraterrestres.
Imagem: crédito NASA.

domingo, 15 de agosto de 2010

Como comunicar com os ETs?

“A natureza é um livro escrito em linguagem matemática” - Galileu Galilei
Um dilema se colocou aos astrónomos. Como comunicar e em que língua? Neste xadrez espacial e com uma civilização radicalmente diferente, seria pura coincidência a compreensão da nossa linguagem, razão porque, segundo parecer de especialistas, o único sistema de comunicação de âmbito universal só pode ser a matemática. Não existe outra.
O alfabeto inglês, também qualificado de universal, ou qualquer outro a que se recorra na actualidade, limita-se meramente à comunicação interculturas neste planeta, pelo que deixa de ter qualquer sentido e de nada servirá nas comunicações interestelares. Este sistema de trabalho já estava previsto desde o início, tendo sido utilizado por Drake, em 16/11/1974, com o telescópio de Arecibo (Porto Rico), onde envia uma mensagem em direcção a um enxame estelar, designado por M13, na constelação de Hércules, a 25.000 anos-luz de distância e contendo cerca de 300.000 estrelas.
Os caracteres dessa mensagem (imagem em anexo), formam uma matriz matemática bidimensional, constituída por 1679 dígitos, cuja finalidade era constituir as bases de uma linguagem interestelar, e que para quem souber descodificar contém sete secções, de cima para baixo, com as seguintes informações: a primeira, fazendo uma explicação do que contém a mensagem, utilizando como base os números de 1 a 10; a segunda, representando os elementos do ADN; a terceira, os elementos dos seus nucleotídeos; a quarta, a representação gráfica da dupla hélice do ADN humano; a quinta, uma representação do ser humano e a sua estrutura física; a sexta, uma representação do sistema solar, nele se destacando o planeta Terra; e, por fim, a oitava, explicando a origem da mensagem e a configuração do radiotelescópio que a emitiu. Por curiosidade, o sinal foi tão forte que podia ser detectado em qualquer lugar da galáxia. Várias respostas à mensagem surgiram, mas depois de analisadas foram todas rejeitadas por falsas.
A resposta pode demorar anos, mas ela pode surgir. Para quem argumenta que a nossa civilização necessita de mais evolução e tecnologia mais aperfeiçoada, pode estar enganado. O problema não é só dos terrestres, mas também da parte dos potenciais ETs. Razão fundamental: as enormes distâncias interestrelares que todos terão de vencer. A velocidade da luz não é fácil de ultrapassar!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Spirit recusa-se a morrer!

Encarregado de explorar o solo marciano, a sonda Spirit, que iniciou a sua missão há seis anos, está em riscos de não poder continuar a realizar cabalmente os seus objectivos. Atolado em pó e com duas rodas bloqueadas foram efectuadas várias tentativas para o retirar da sua imobilidade. Curiosamente, ela mantém-se em actividade pelo que a NASA se prepara para a utilizar como estação científica fixa.
Cinco, dez, quinze e muitos mais anos podem sobreviver estes equipamentos de exploração no sistema solar, muito para além da duração que foi inicialmente programada.
As sondas morrem de pé!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Astrónomo português...pois claro!

Graças a uma excelente imagem da Nebulosa de Orion (M42), o astrónomo amador portugês, de nome Luís Miguel Santos, astrofotográfo do grupo da Atalaia e fazendo parte da APAA-Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores, arrecadou o prémio mundial da competição Beyond Earth (Para Além da Terra), integrado no Galilean Nights, um dos projectos-chave do Ano Internacional da Astronomia (AIA2009), sendo aliás um elemento já conhecido a nível nacional.
Com este trabalho, a acrescentar a muitos outros que prestigiam o grupo dos astrónomos amadores portugueses, temos mais um elemento a relevar a ciência do espaço, na componente da astronomia amadora que muito se tem espalhado pelo terriotório nacional.
Parabéns Luís Santos!
Imagem: crédito Luis Santos.